A cinco dias do fim do prazo de entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2018 (ano-base 2017), um em cada três contribuintes ainda não fez o acerto de contas com o Leão. Segundo a Receita Federal, das 28,8 milhões de pessoas que devem enviar formulários este ano, cerca de 9,8 milhões ainda não o fizeram.
Nos últimos dias antes do fim do prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda, em 30 de abril, não há mais tempo a perder. A recomendação dos especialistas é clara: o importante é entregar o documento na data, mesmo com erros, e, se preciso, retificá-lo posteriormente. Nesse momento, o mais importante é preencher os campos que mostrem sua renda, porque são eles que vão interferir no quanto de imposto será preciso pagar ou será possível ter de volta como restituição.
Em primeiro lugar, é preciso ter em mãos o informe de rendimentos do trabalho, no caso de quem é empregado com carteira assinada, já que nele estão as principais informações sobre o salário e gastos com planos de saúde, caso a empresa ofereça. Aposentados precisarão informar rendimentos de previdência – seja pública ou privada, caso haja.
— Todos esses são exemplos de rendimentos tributáveis, que é a principal parte a ser preenchida, porque eles afetam diretamente o resultado final do imposto — explica Antonio Gil Franco, sócio de impostos da EY.
Renda de aluguel também está entre prioridades
O recebimento de renda de aluguel também faz parte dos rendimentos tributáveis e precisa ser declarado. Além dele, gastos com despesas médicas e educação, que podem interferir nas deduções, são fundamentais.
— O que pode ficar para um segundo momento são os rendimentos não tributáveis, como poupanças ou rendimentos de tributação exclusiva, como Participação nos Lucros e Resultados (PLR) — explica Gil Franco.
Caso a declaração não seja entregue no prazo, o contribuinte fica sujeito à multa de R$ 165,74 ou 20% do imposto devido (caso haja) — o valor que for mais alto. O especialista Everton Generoso, diretor-executivo do Grupo Insigne-Audiplanus, recomenda ainda ficar de olho no processamento da declaração por meio do portal e-CAC, da Receita.
Fonte: oglobo.com