quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

 

Cidade de Porciúncula

um pouco da origem do nome da cidade 


Estação Ferroviária de Porciúncula

   Outrora denominado de Santo Antônio de Carangola, o lugar deve sua atual denominação à sua estação ferroviária, esta que foi edificada, em parte, através dos conflitos entre a população local e as Estrada de Ferro de Carangola e a Estrada de Ferro Leopoldina que reivindicava que o trem que passava pela região atendesse a localidade com uma parada ferroviária.

   O histórico do conflito teve início quando o médico e político Dr. Francisco Portela da cidade de Campos dos Goytacazes (RJ), tinha o desejo de interligar a cidade de Campos a Tombos de Carangola (MG), através de uma estrada de ferro que facilitasse a comunicação entre essas duas localidades; como forma de progredir o futuro econômico da região. Junto com outros homens de posição da então província fluminense assinou um contrato em abril de 1872 para o início da construção dessa ferrovia. Conquistadas adesões para o empreendimento o Dr. Portela sugeriu o traçado a ser executado pelos engenheiros. O Comendador Cardoso Moreira, homem rico e influente na região, tornou-se grande propagandista da estrada viajando pelas cidades de NatividadeTombos de Carangola (atual cidade de Tombos, MG) e Santo Antônio de Carangola (atual cidade de Porciúncula, RJ).

    Francisco Portela foi eleito o primeiro presidente da estrada de ferro e Cardoso Moreira seu 1º tesoureiro em 1874. Para a colocação da pedra fundamental para a edificação da estação esteve presente D. Pedro II e a princesa Isabel em 1875. No entanto a estrada depois do impulso inicial ficou longo tempo estacionada na localidade de Cachoeiro (atual Cardoso Moreira). Na época foi dito que tal atraso favorecia os negócios do filho de Cardoso Moreira que possuía um estabelecimento comercial no local dessa parada. O atraso prejudicava muito os fazendeiros da região que haviam também investido na estrada de ferro e contavam com as vantagens do escoamento do café pela via férrea.

    Nessa época grande agitação aconteceu pelo traçado de outra ferrovia, a Estrada de Ferro Leopoldina, que estaria se dirigindo para Santa Luzia de Carangola (atual cidade de Carangola, MG). Não podendo estender a linha férrea até Muriaé, Cardoso Moreira tentou correr com suas obras e interceptar a Leopoldina em Santo Antônio de Carangola. Quando atingiram o povoado em 1886 a Leopoldina já tinha preparado o leito de sua linha, dessa forma obrigando a Estrada de Ferro Carangola a abandonar seus projetos em território mineiro.

   O Comendador Cardoso Moreira depois de tentar embargar a obra da Leopoldina conseguiu um acordo com essa empresa. No entanto não havia estação em Santo Antônio de Carangola o que muito incomodava a sua população. Uma empresa inglesa comprou a Leopoldina e a Carangola em 1888. Grandes eventos ocorriam no país. Em 1889 foi proclamada a república no Brasil e Francisco Portela foi nomeado primeiro governador republicano do Estado do Rio pelo presidente, o Marechal Deodoro da Fonseca.

   Mais tarde em virtude de mudanças políticas Portela foi deposto e José Tomás de Porciúncula foi eleito governador. Apesar de não ser natural da região, o Dr. Porciúncula deu atenção à petição do povo de Santo Antônio de Carangola. No entanto o caso da estação demorou a ser resolvido pois o trem não parava na estação e muitas brigas ocorreram entre o povo da cidade e funcionários da Estrada de Ferro Leopoldina. Em 1893 foi inaugurado o prédio da estação e os dirigentes da companhia deram o nome do governador Porciúncula à estação. O nome era uma homenagem de gratidão ao político que interviera diretamente nos conflitos em benefício da população local.

fonte: Porciúncula – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

segunda-feira, 25 de março de 2019

Enem 2019 terá taxa de inscrição de R$ 85



Os estudantes que forem prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tiverem direito à isenção de taxa pagarão R$ 85 para se inscrever na prova, três reais a mais que na edição anterior. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta segunda-feira o edital do exame deste ano . A prova será realizada nos dias 3 e 10 de novembro.

Aqueles que desejarem participar da avaliação poderão se inscrever na prova entre os dias 6 e 17 de maio e efetuar o pagamento até o dia 23 do mesmo mês. Aqueles que desejarem solicitar a isenção terão de fazê-lo antes de se inscrever, entre os dias 1 e 10 de abril. Após solicitar o benefício os estudantes devem fazer a inscrição no site.

Candidatos que desejem solicitar isenção na prova deste ano, mas se inscreveram no último Enem e não compareceram devem justificar a ausência para pedir o benefício. O procedimento de justificativa segue o mesmo cronograma da solicitação de isenção: dos dias 1 a 10 de abril.

As pessoas que precisarem de recursos de acessibilidade para fazer a prova deverão manfiestar esse desejo durante a realização da inscrição.

Para utilizar o nome social na prova, os estudantes devem fazer a solicitação no site do Enem entre os dias 20 e 24 de maio. A partir do dia 31 de maior, o Enem divulgará o resultado da análise de solicitação.

Como de costume, a abertura dos portões ocorrerá às 12h e os estudantes poderão entrar nos locais de prova até 13h. As avaliações começarão às 13h30. No primeiro dia, quando serão avaliadas as áreas de Ciências Humanas, Linguagens e Redação, os candidatos terão até 19h para resolver as questões. No segundo dia, para as provas de Ciências da Natureza e Matemática, o Enem vai até 18h30.
Cronograma

Solicitação de isenção da taxa de inscrição: 1 a 10 de abril

Justificativa de ausência no Enem 2018: 1 a 10 de abril

Inscrições: 6 a 17 de maio

Pagamento da taxa de inscrição: 6 a 23 de maio

Solicitação de Atendimento pelo Nome Social: 20 a 24 de maio

Aplicação: 3 e 10 de novembro

Fonte: oglobo.globo.com

OUTRA VEZ: Caminhoneiros se mobilizam para nova paralisação



São Paulo - O governo acompanha atentamente as primeiras movimentações de caminhoneiros no país, que ameaçavam dar início a nova paralisação. A classe entende que os principais compromissos assumidos pelo governo Michel Temer no ano passado não estão sendo cumpridos.

Os monitoramentos são feitos pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que tem por missão se antecipar aos fatos para evitar problemas para o governo. As investigações apontam que teve início uma articulação por meio de mensagens de WhatsApp, que já começam a falar em paralisações para o dia 30 de março. O governo quer evitar, a todo custo, que qualquer tipo de paralisação aconteça. Não quer, nem de longe, imaginar que pode enfrentar o mesmo problema que parou o país no ano passado.

Os primeiros dados são de que, neste momento, o movimento não tem a mesma força percebida no ano passado, mas há temor de que os caminhoneiros possam se fortalecer e cheguem ao potencial explosivo da última greve. Dentro do Palácio, o objetivo é ser mais ágil e efetivo e não deixar a situação sair de controle por ficarem titubeando sobre o assunto, como aconteceu com o ex-presidente Michel Temer, no ano passado.

Na semana passada, Wallace Landim, o Chorão, presidente das associações Abrava e BrasCoop, que representam a classe de caminhoneiros, teve reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Chorão também teve encontro com a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e, ontem, se reuniu com o secretário executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.

Segundo Landim, os ministros disseram que, até a próxima semana, o próprio presidente Jair Bolsonaro deve se manifestar sobre os pedidos dos caminhoneiros. Na pauta de reivindicações da classe estão três pleitos. O primeiro pedido diz respeito ao piso mínimo da tabela de frete. Os caminhoneiros reclamam que as empresas têm descumprido o pagamento do valor mínimo e cobram uma fiscalização mais ostensiva da ANTT. A agência, segundo Landim, prometeu mais ações e declarou que já fez mais de 400 autuações contra empresas.

O segundo item da pauta é o preço do óleo diesel. Os caminhoneiros querem que o governo estabeleça algum mecanismo para que o aumento dos combustíveis, que se baseia em dólar, seja feito só uma vez por mês, e não mais diariamente.

Wallace Landim afirma que não é a favor de uma paralisação no próximo dia 30, porque acredita que o governo tem buscado soluções, mas diz que "o tempo é curto" e as mudanças estão demorando. "Não acredito que deva ocorrer greve no dia 30, mas paralisações não estão descartadas. Estamos conversando."

Por meio de nota, o Ministério de Infraestrutura declarou que, no Fórum dos Transportadores Rodoviários de Cargas realizado ontem, esteve reunido com lideranças do setor e ouviu as demandas. O governo confirmou que tratou do piso mínimo, pontos de paradas e descanso e o preço do óleo diesel.

Fonte: odia.ig.com.br


quinta-feira, 21 de março de 2019

Rio tem previsão de chuva moderada a forte nesta quinta-feira


O outono começa com previsão de chuva moderada a forte ao longo de toda a quinta-feira (21), com céu nublado e encoberto. O tempo se mantém instável com temperatura mínima prevista de 20º C graus e máxima de 27º C, apresentando declínio, de acordo com as informações do Sistema Alerta Rio. 
Previsão do tempo na sexta-feira 
Chuvas fortes também são esperadas para esta sexta-feira (23), de acordo com informações dadas pelo Centro de Operações Rio (COR), em pontos isolados da cidade. Já no sábado, a tendência é que o tempo volte a ficar estável, c sem ocorrência de chuva.
Fonte: jb.com.br

quarta-feira, 20 de março de 2019

Procon interdita hotel de grande porte em Arraial do Cabo, no RJ




O Procon interditou um hotel de grande porte nesta terça-feira (19) próximo à Prainha, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio. Os agentes encontraram alimentos vencidos e produtos impróprios para consumo e sem especificações na cozinha do estabelecimento.

De acordo com o órgão, o hotel, que é um dos maiores da cidade, também não possuía qualquer documentação legal para exercer atividades, como o alvará de funcionamento e o certificado dos bombeiros.

Entre os produtos apreendidos estavam 30 kg de doces, 11 kg de frios e cerca de 60 kg de carnes vencidas e sem especificação, ainda de acordo com o Procon.

A gerente do hotel foi levada em flagrante para a 132ª DP, onde a ocorrência foi registrada como crime contra a ordem tributária e econômica.

O Procon deu um prazo de 48 horas para que o hotel realoque todos os clientes para algum estabelecimento da rede.

Fonte: g1.com

terça-feira, 19 de março de 2019

Após o carnaval, cenas de desprezo ambiental no mês em que o Brasil surge como o 4º que mais gera lixo plástico no mundo




Depois de tanta folia e alegria das multidões, o carnaval do século XXI ainda deixa cenas que propõem uma reflexão da distância que o homem se encontra da consciência ambiental, isso no mesmo mês em que o Brasil aparece no ranking do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, sigla em inglês) como o 4º país no mundo que mais gera lixo plástico, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia.


E esses materiais que surgem nas ruas fazem do pós-carnaval um importante termômetro da gestão que o homem tem sobre o lixo que produz. Independentemente do local onde são jogados, nas capitais ou no interior, em baixas ou elevadas altitudes, é necessária uma corrida das prefeituras para que esses vilões não cheguem ao oceano. O problema é que das 11.355.220 milhões de toneladas de lixo plástico geradas por ano, apenas 1,2%, ou seja, 145.043 toneladas são recicladas.

Em Nova Friburgo foram removidos 120 caminhões de lixo. Nas ruas, os catadores encontraram garrafas pet e sacos plásticos — Foto: Secom Nova Friburgo / Divulgação


Cada brasileiro produz 1 kg de lixo plástico por semana, segundo o estudo, e uma das cenas do pós-carnaval que mostram a relação despreocupada do homem com o lixo foi registrada na orla da Praia do Forte, ponto turístico de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.

Mas não precisa estar ao lado do mar para que o lixo plástico se torne um problema imensurável. Mesmo a 840 metros do nível do mar, o lixo plástico de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, é também uma grande ameaça. Um dos registros também mostra a situação preocupante do pós-carnaval na cidade.

Todo o lixo jogado em qualquer parte do mundo vai parar no oceano, como explica o pós-doutor em oceanologia e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Julio Waisserman.

"O lixo vai para os bueiros, segue pelos rios e desemboca no mar. Os microplásticos, por exemplo, podem levar até 200 anos para se decompor", afirma.


O especialista disse que se espantou com o que viu depois da folia.


"Não jogar lixo no chão é o mínimo de consciência que as pessoas devem ter. Fiquei muito espantado ao ver as ruas do Rio de Janeiro após a passagem de um bloco. Eram copos, canudos e sacos plásticos no chão. Isso é inadmissível", disse.

Para o especialista é preciso ser mais rigoroso com as punições diante dos graves riscos à saúde das pessoas e ao meio ambiente.


"A chuva carrega esse material para os bueiros e ele acaba na Baía de Guanabara, por exemplo. É por este motivo que vemos uma montanha de lixo ali", afirma.

As consequências dessa ação inconsciente podem ser observadas em pequenas ou grandes espécies aquáticas. Nesta segunda-feira (18), o G1mostrou o caso de uma baleia encontrada morta nas Filipinas com 40 quilos de plástico no estômago. O biólogo marinho, Darrell Blatchley, disse que ela morreu de fome e desidratação.Plástico é retirado do estômago de baleia morta encontrada nas Filipinas  — Foto: D'Bone Collector/Facebook



Coleta no carnaval x destino

Em Cabo Frio, só durante o carnaval, a prefeitura recolheu 3 mil toneladas de lixo. De acordo com o município, essa quantidade inclui tanto os resíduos recolhidos nas ruas e orlas das praias quanto o residencial e hospitalar.

Já em Nova Friburgo, na Região Serrana, onde ocorre o segundo maior carnaval do Estado do Rio de Janeiro, foram recolhidos 120 caminhões de lixo nas ruas, segundo informou o município. A Secretaria de Serviços Públicos não soube informar em toneladas a quantidade de resíduos.

Nas ruas, os profissionais da área de limpeza encontraram garrafas pet e muitos copos e sacos plásticos.

Ainda segundo o órgão, não foi possível reciclar o lixo porque não houve a separação dos resíduos, por exemplo.

Rio e São Paulo

No Rio de Janeiro, onde ocorre o maior carnaval do país, foram recolhidas 1.227 toneladas de resíduos no sambódromo e nas ruas por onde passaram os blocos.

O número, segundo a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), é equivalente ao peso de 205 elefantes e é 14% maior do que o que foi recolhido no mesmo período do ano passado.

A quantidade de resíduos potencialmente recicláveis, segundo a Comlurb, totalizou 8 toneladas. Este material será encaminhado para as cooperativas de catadores credenciadas na Companhia.

De acordo com o órgão, durante a festa, as equipes do Lixo Zero aplicaram 231 multas para descarte irregular de pequenos resíduos, no valor de R$ 205,60.

Já em São Paulo, foram recolhidas 916 toneladas de resíduos durante o evento, somando os desfiles de rua e Sambódromo do Anhembi.

Segundo o município, todos os detritos foram encaminhados às Centrais Mecanizadas de Triagem com o objetivo de reciclar o máximo possível.

De acordo com o secretário municipal das subprefeituras, Alexandre Modonezi, 50% do material foi reciclado e o valor obtido foi direcionado para as cooperativas de catadores cadastradas na Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb).

"Nos outros anos 100% do material foi para o aterro", lembrou Alexandre.

Nova metodologia em SP

Segundo a Prefeitura de São Paulo, houve uma mudança no procedimento de limpeza das vias, onde a varrição passou a recolher os resíduos secos para que pudessem ser reciclados.

Diferentemente das últimas edições do carnaval de rua, a prefeitura da cidade informou que o caminhão pipa passou pelas ruas apenas após a coleta de todos os resíduos, evitando assim que houvesse contaminação.

Outra medida, de acordo com o município, foi a implantação de mais de três mil papeleiras e 540 equipamentos, entre eles: contêineres, cestos aramados e pontos de entregas voluntárias.

As prefeituras do Rio, São Paulo, Cabo Frio e Nova Friburgo não souberam informar sobre a quantidade específica de lixo plástico que foi recolhida neste período.


Conscientização

Segundo Julio Waisserman, é preciso investir em políticas públicas para conscientizar cada vez mais a população.

Ele afirmou que já é comprovado que as pessoas adquirem educação ambiental nas escolas, ainda jovens.

Ele diz que existe uma dificuldade em conscientizar os adultos, mas que toda tentativa é válida, inclusive por meio de punições e multas. Veja como fazer sua parte para diminuir o lixo plástico.

Pesquisa WWF

A pesquisa da WWF também chama a atenção sobre os riscos desse tipo de resíduo para a saúde das pessoas. Desde 2000, a indústria de plásticos no mundo já produziu a mesma quantidade que em todos os anos anteriores somados.

O estudo também alerta para os perigos dos microplásticos, cujos impactos ainda não são totalmente conhecidos no campo econômico da poluição terrestre e os efeitos da ingestão pelos seres humanos e outras espécies. Para a WWF, é preciso que sejam feitas mais pesquisas para entender os riscos.

Porém, o estudo afirma que já se sabe que: "a poluição por microplásticos altera as condições do solo, o que pode impactar a saúde da fauna e aumentar a probabilidade de vazamentos de substâncias químicas nocivas no solo. Os resíduos plásticos também aceleram a degradação dos corais".

Quanto à ingestão de microplásticos pelos humanos, podem ser consumidos por meio de alimentos contaminados, como frutos do mar, principalmente mariscos, mexilhões e ostras. Além disso, estudo recente sobre água engarrafada constatou a contaminação por microplásticos em 93% das garrafas, provenientes de 11 marcas diferentes e em nove países.

Ainda segundo o estudo, equipamentos de pesca abandonados, perdidos ou descartados podem sufocar recifes frágeis, e as colônias microbianas que se formam nos resíduos plásticos podem resultar em maiores índices de doenças nos corais.

Fonte: g1.com

quinta-feira, 14 de março de 2019

Corpos de vítimas de massacre em escola são velados na Arena Suzano





O velório dos corpos de seis das 10 vítimas do ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, acontece desde às 7h desta quinta-feira na Arena Suzano, no Parque Max Feffer. O espaço está lotado de parentes, amigos e moradores da região, que se solidarizam com o massacre que chocou o país e teve repercussão mundial. A cerimônia é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. 

Estão sendo velados na Arena Caio Oliveira, 15 anos; Kaio Lucas da Costa Limeira, 17 anos; Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos; Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos; Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos; e Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos. Uma missa ecumênica acontecerá às 14h.


A arena está aberta ao público em geral e familiares das vítimas estão em uma área reservada, separada por uma grade. O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, comparece na cerimônia. O enterro das vítimas veladas na Arena Suzano está previsto para às 17h no Cemitério São Sebastião. 

O corpo da coordenadora pedagógica Marilena Umezo será sepultado apenas no sábado, pois um dos filhos virá do exterior. Já o velório de Douglas Murilo Celestino, 16 anos, começou por volta de 1h em uma igreja evangélica em Suzano. O corpo do empresário Jorge Antonio de Moraes, tio de Guilherme Taucci Monteiro, um dos autores do massacre, é velado no Cemitério Colina dos Ypês, em Suzano, onde será sepultado.


Como foi o massacre

Por volta de 9h15, Guilherme entrou na loja de carros seminovos de um tio, Jorge Antônio Moraes. Ele disparou três vezes contra o tio, que o teria repreendido por ter abandonado os estudos. Foi a primeira morte do dia. O rapaz embarcou em

um carro, alugado pouco antes, onde estava Luís Henrique. Os dois seguiram para a escola, que fica a 350 metros da loja. Alertada, a polícia foi atrás do carro, um Ônix branco. Quando o localizou, na porta da escola, o tiroteio no interior do prédio já estava em curso.

A câmera no pátio da escola mostra que Guilherme, após sacar o revólver, atinge estudantes e funcionários e depois segue em direção a uma das salas da escola, onde havia cerca de 400 alunos. Luís Henrique entra e se arma com uma besta (uma arma que dispara flechas) e uma machadinha, com a qual atinge as pessoas já caídas no chão, antes de seguir o amigo.

Os dois rapazes tinham se preparado para a ação, pesquisando massacres semelhantes em escolas no Brasil e, principalmente, nos Estados Unidos. Nas mochilas que levavam, havia ainda três coquetéis molotov e um arco e flecha comum.

Cinco alunos e dois funcionários foram mortos em menos de dez minutos. Quando Guilherme e Luís Henrique avistaram policiais que tinham entrado na escola, o mais jovem puxou o amigo para um corredor, atirou na cabeça dele e, em seguida, se suicidou.

Fonte: odia.ig.com.br