quinta-feira, 14 de março de 2019

Corpos de vítimas de massacre em escola são velados na Arena Suzano





O velório dos corpos de seis das 10 vítimas do ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, acontece desde às 7h desta quinta-feira na Arena Suzano, no Parque Max Feffer. O espaço está lotado de parentes, amigos e moradores da região, que se solidarizam com o massacre que chocou o país e teve repercussão mundial. A cerimônia é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. 

Estão sendo velados na Arena Caio Oliveira, 15 anos; Kaio Lucas da Costa Limeira, 17 anos; Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos; Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos; Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos; e Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos. Uma missa ecumênica acontecerá às 14h.


A arena está aberta ao público em geral e familiares das vítimas estão em uma área reservada, separada por uma grade. O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, comparece na cerimônia. O enterro das vítimas veladas na Arena Suzano está previsto para às 17h no Cemitério São Sebastião. 

O corpo da coordenadora pedagógica Marilena Umezo será sepultado apenas no sábado, pois um dos filhos virá do exterior. Já o velório de Douglas Murilo Celestino, 16 anos, começou por volta de 1h em uma igreja evangélica em Suzano. O corpo do empresário Jorge Antonio de Moraes, tio de Guilherme Taucci Monteiro, um dos autores do massacre, é velado no Cemitério Colina dos Ypês, em Suzano, onde será sepultado.


Como foi o massacre

Por volta de 9h15, Guilherme entrou na loja de carros seminovos de um tio, Jorge Antônio Moraes. Ele disparou três vezes contra o tio, que o teria repreendido por ter abandonado os estudos. Foi a primeira morte do dia. O rapaz embarcou em

um carro, alugado pouco antes, onde estava Luís Henrique. Os dois seguiram para a escola, que fica a 350 metros da loja. Alertada, a polícia foi atrás do carro, um Ônix branco. Quando o localizou, na porta da escola, o tiroteio no interior do prédio já estava em curso.

A câmera no pátio da escola mostra que Guilherme, após sacar o revólver, atinge estudantes e funcionários e depois segue em direção a uma das salas da escola, onde havia cerca de 400 alunos. Luís Henrique entra e se arma com uma besta (uma arma que dispara flechas) e uma machadinha, com a qual atinge as pessoas já caídas no chão, antes de seguir o amigo.

Os dois rapazes tinham se preparado para a ação, pesquisando massacres semelhantes em escolas no Brasil e, principalmente, nos Estados Unidos. Nas mochilas que levavam, havia ainda três coquetéis molotov e um arco e flecha comum.

Cinco alunos e dois funcionários foram mortos em menos de dez minutos. Quando Guilherme e Luís Henrique avistaram policiais que tinham entrado na escola, o mais jovem puxou o amigo para um corredor, atirou na cabeça dele e, em seguida, se suicidou.

Fonte: odia.ig.com.br

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