quinta-feira, 29 de março de 2018

Ação social transforma cadernos velhos em novos





 Na volta às aulas, os pais costumam descartar cadernos antigos, a maioria com páginas que não foram utilizadas no ano anterior. Mas as folhas podem ser reencadernadas para compor o material escolar de estudantes carentes. É o que faz o projeto Páginas em Branco, que acaba de ser lançado no Rio de Janeiro e conta com a ajuda da população.
 Quem quiser colaborar, pode doar as folhas em um dos 16 pontos de coleta localizados na Barra, Lagoa, Maracanã, Tijuca, Ilha do Governador, Niterói e São Gonçalo. Todo papel recolhido será transformado em novos cadernos e doado para as instituições Obra do Berço e Casa Ronald McDonald, que atendem crianças e jovens cujas famílias não têm condições de arcar com o material escolar.
"A proposta é envolver as famílias em todo o processo. Crianças, jovens e adultos podem doar o que têm em casa e, também, mobilizar amigos e parentes, fazendo uma corrente de solidariedade. Perceber o valor de um simples caderno para a escolarização de quem não tem nada é um motivado e tanto para colaborar com essa rede. Quem descarta as folhas desperdiça duplamente. Tanto os recursos da natureza como a oportunidade de ajudar alguém a construir seu futuro", diz a coordenadora do Páginas em Branco, Sheila Perez.
 Os organizadores pedem que os interessados em ajudar levem as folhas já destacadas para facilitar o armazenamento do material. A realização do Páginas em Branco é do Festival de Natal do Rio de Janeiro, cidade cenográfica natalina com entretenimento que deve chegar à capital fluminense.
 Fonte: Jornal do Brasil

quarta-feira, 28 de março de 2018

Lava Jato no Rio denuncia Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ



 A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, denunciou o presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-governador Sérgio Cabral e mais onze investigados também são acusado por crimes como corrupção e/ou lavagem de dinheiro. A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal nesta terça-feira, 27
 Diniz foi preso na Operação Jabuti, que revelou mais um braço da Organização Criminosa comandada por Cabral no Rio de Janeiro. Como presidente da Fecomércio, segundo a força-tarefa, ele teria sido responsável pelo desvio de pelo menos R$ 10 milhões dos cofres públicos.
 Para a Lava Jato, "Orlando Diniz é detentor de poder político e econômico, como gestor do sistema Fecomércio/Sesc/Senac no Rio, conta com orçamento anual de cerca de R$ 1 bilhão, e possui estreitas ligações com Cabral".
"Não por acaso é vizinho do ex-governador no luxuoso prédio do Leblon, na Rua Aristides Espíndola, e no conhecido Condomínio Portobello, em Mangaratiba, apesar de ter negado essa relação estreita e ate mesmo a relação de vizinhança em seu interrogatório prestado perante a autoridade policial", afirma a força-tarefa.
 A denúncia aponta que o presidente da Fecomércio "valeu-se por diversas vezes do esquema de lavagem de dinheiro que tinha a frente os operadores financeiros de Cabral, ocultando e dissimulando a origem ilícita de mais de R$ 3 milhões". A Lava Jato indica que Diniz desviava recursos públicos federais do orçamento do Sesc e do Senac e que, a pedido do ex-governador, contratou funcionários "fantasmas" em um esquema que movimentou quase R$ 6 milhões.
 Desde 2003, Diniz contratou, a pedido de Cabral, diversas pessoas como funcionários "fantasmas", ou seja, que recebiam salários mas nunca prestaram serviços para o Sesc ou o Senac, ou prestavam serviços no interesse particular do ex-governador.
"Os elementos colhidos já apontam para a conclusão de que Sérgio Cabral, no exercício do seu mandato como governador ou a pretexto de exercê-lo, solicitou e aceitou vantagens indevidas para si e para outrem, para exercer o seu cargo com especial atenção para os interesses privados do presidente da Fecomércio. Orlando Diniz, por sua vez, ofereceu vantagens indevidas para determinar o referido agente público à prática de atos de ofício, legítimos ou não", pontuam os procuradores da força-tarefa, Eduardo El Hage, Fabiana Schneider, Felipe Bogado, José Augusto Vagos, Leonardo de Freitas, Marisa Ferrari, Rafael dos Santos, Rodrigo Timóteo, Sérgio Pinel, Stanley Valeriano da Silva e Almir Teubl Sanches.
 Na denúncia apresentada hoje Orlando Diniz é acusado de cinco crimes de corrupção ativa, dois de lavagem de dinheiro e crime de organização criminosa. Cabral é apontado por cinco crimes de corrupção passiva, dois de lavagem de ativos. Outros denunciados por lavagem de dinheiro são: Ary Filho, Carlos Miranda, Jaime Luiz Martins, João do Carmo Monteiro Martins e Manuel João Pereira. Também são denunciados por corrupção: Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, Ary Ferreira da Costa Filho, Sérgio Castro de Oliveira, Sônia Ferreira Baptista, Carla Carvalho Hermansson, Ione Brasil Macedo e Gladys Silva Falci de Castro Oliveira.
 Os procuradores da Lava Jato também vão abrir novas investigações para apurar outras irregularidades, como os pagamentos que Diniz passou a fazer por serviços pagos pela Sesc ou Senac sem licitação ou comprovação de que foram realizados em proveito das finalidades dessas instituições, seus beneficiários ou servidores.
Fonte:Jornal do Brasil

Polícia identifica autor de ameaça a vereadora de Niterói amiga de Marielle


A Polícia Civil identificou e interrogou esta semana o homem que ameaçou de morte a vereadora Talíria Petrone (PSOL), de Niterói, na região metropolitana do Rio. O nome do acusado não foi divulgado, mas a polícia confirmou que ele admitiu ter feito as ameaças "por motivos políticos".
Parlamentar mais votada do município, única mulher na Câmara Municipal, negra e feminista, Talíria era amiga da vereadora Marielle Franco, também do PSOL, assassinada no último dia 14.
O partido não acredita que os dois casos estejam relacionados. O caso das ameaças à Talíria foi encaminhado ao Ministério Público Estadual. O homem foi indiciado por injúria, calúnia e difamação e liberado.
Histórico
As ameaças à vereadora começaram nas redes sociais. "Desde o início do mandato, numa Câmara majoritariamente conservadora, com muitos representantes da extrema direita, sofro ameaças", contou a vereadora. "Enfrento muitas reações: são ataques sistemáticos nas redes sociais, em que sou chamada de 'vagabunda', em que dizem que se me encontrarem na rua vão 'meter uma bala na minha cara', para eu 'voltar para a senzala' "
Depois, a hostilidade ficou mais visível. A sede do PSOL em Niterói foi invadida por um homem armado, que ameaçava a vereadora. Segundo assessores, latas de tinta são mantidas na sede só para apagar pichações contra ela. Em eventos públicos, são comuns xingamentos e ameaças como "só matando mesmo". 
"Mas chegou ao ápice em 14 de novembro, quando foram feitas ligações sistemáticas para a sede do PSOL, me chamando de 'piranha', de 'vagabunda', dizendo que iam explodir a sede do partido, me matar com uma bomba", contou Talíria. Ela registrou queixa na 76ª Delegacia de Polícia, em Niterói.
Fonte: jb.com.br

terça-feira, 27 de março de 2018

Moro diz que discussão sobre prisão em 2ª instância está além de Lula e Lava Jato






O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeiro grau, afirmou na noite desta segunda-feira (26) que as discussões envolvendo prisões em 2ª instância vão além da operação e da condenação do ex-presidente Lula, e que esperar o fim de todos os recursos para executar prisões de condenados seria um 'desastre'.

A declaração de Moro foi dada durante entrevista ao programa 'Roda Viva', da TV Cultura, ao responder sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula. O julgamento, que analisará o pedido para evitar a prisão após condenação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), está marcado para 4 de abril.

“Foi estabelecido um precedente importante, em 2016, pelo saudoso ministro Teori Zavascki. Se for esperar o último julgamento seria um desastre muito grande, porque levaria à impunidade, especialmente dos poderosos. É um assunto que transcende o ex-presidente Lula”, disse Moro.


O juiz afirmou que das 114 execuções de pena ordenadas por ele na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), onde atua, e confirmadas em 2ª instância, apenas 12 envolvem a Lava Jato. "Têm lá peculatos milionários, dinheiro desviado da saúde, da educação, e que faz falta para a população. Tem traficante, tem pedófilo, doleiros, e isso estou falando dentro de um universo pequeno, de onde eu trabalho."

"Então, uma revisão desse precedente teria um efeito prático muito ruim. Como chamou o ministro Barroso, é trágico. E além disso passaria uma mensagem no sentido de que não cabe mais avançar, vamos dar um passo atrás."

'Acordão' e prisão de Lula

Questionado sobre a possibilidade de existir um 'acordão' que possa beneficiar Lula para evitar a prisão do ex-presidente, Moro afirmou que nega acreditar nessa hipótese. "Eu não posso acreditar numa hipótese dessa. Já tive a oportunidade de conhecer os ministros, ver como funciona, não posso acreditar nisso", disse.

Ao citar os ministros que compõem o Supremo e que analisarão o pedido de habeas corpus preventivo do ex-presidente, Moro elogiou a ministra Rosa Weber. "Tenho apreço especial pela ministra Rosa Weber, com quem trabalhei. Pude observar a seriedade da ministra, a qualidade técnica da ministra”.

Sobre a prisão do ex-presidente, o juiz, que condenou Lula à pena de 9 anos e 6 meses no caso triplex (pena que foi aumentada para 12 anos e um mês pelo TRF-4), afirmou que a decisão da prisão coube ao Tribunal Regional e que a suspensão ou não cabe ao STF.

"Sou apenas um cumpridor da ordem. O Tribunal julgou, ordenou, seguindo precedente do STF, e determinou a prisão. Se vier a decisão, não tenho opção de cumprir ou não, vou seguir a opinião do Tribunal."

Durante a entrevista, Moro também defendeu as prisões preventivas e a necessidade em casos que classificou como 'excepcionais'. "É um remédio amargo, e a resposta é para que parem de cometer crimes", disse o juiz ao comentar as prisões de diretores e altos executivos da Odebrecht em fases da Operação Lava Jato.

"No curso das investigações encontrou-se uma empresa com departamento de propina. Alguns executivos foram presos temporariamente. Foram soltos, e esse departamento continuou a funcionar. Só veio a parar quando foram presos preventivamente esses diretores. É excepcional, e havia esse quadro."

Auxílio-moradia

Questionado sobre a polêmica envolvendo o recebimento de auxílio-moradia por juízes, Moro defendeu o pagamento do benefício de R$ 4,3 mil devido à falta de reajuste salarial nos salários dos magistrados.

"Existe esse benefício, que é questionável e existe a previsão constitucional de que os subsídios do magistrado deveriam ser reajustados anualmente, o que não ocorre há três anos", comentou.

Eleições 2018

Durante o programa, Moro também foi questionado sobre as Eleições 2018 e os pré-candidatos que se apresentam para o pleito.

Fonte: globo.com

sexta-feira, 23 de março de 2018

Em nova ação no Rio, tropas seguem para Angra, palco de disputa entre facções.




Militares desencadearam nesta quinta-feira (22) duas operações simultâneas de combate ao crime no Rio. Uma foi em Angra dos Reis, município da Costa Verde fluminense a cerca de 200 quilômetros da capital, na localidade do Frade, sob disputa de facções criminosas há semanas. A outra foi na Vila Vintém, comunidade pobre na zona oeste carioca, dominada pelo tráfico.
 As duas ações aconteceram após a cúpula da intervenção na segurança do Estado ter anunciado o início da retirada de agentes da Vila Kennedy. A favela na Zona Oeste até então era apontada como "laboratório" da ação das Forças Armadas contra a criminalidade. Foi a primeira operação organizada pelos militares fora da Grande Rio após o início da intervenção.
 Segundo o Comando Conjunto das operações, os objetivos das ações eram cumprir mandados de prisão e promover "cerco, estabilização dinâmica da área e desobstrução de vias". Essas tarefas eram idênticas às cumpridas na Vila Kennedy, onde traficantes sucessivamente reconstruíam barreiras destruídas pelos militares horas antes. No fim do dia, o Comando Conjunto anunciou que só divulgará nesta sexta-feira, 23, o balanço das ações.
 A comunidade do Frade, em Angra dos Reis, é uma das favelas envolvidas na disputa entre as facções Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP), que aterroriza a cidade desde o fim de janeiro. Os confrontos pelo controle do tráfico começaram em 26 de janeiro, com tiroteios nas ruas e ameaças a moradores. Nas primeiras duas semanas, 11 morreram.
 Os confrontos se estenderam por mais de cinco horas, mesmo com intervenção da polícia. Houve ainda protesto de moradores contra a falta de segurança. A disputa entre as duas facções se espalhou para outros bairros de Angra e chegou ao Parque Belém, de onde o CV conseguiu expulsar o TCP.
Na capital
 Moradores da Vila Kennedy foram surpreendidos pela informação de que a tropa deverá sair ado local em até três semanas. O comando da intervenção disse várias vezes que a favela serviria de laboratório não só para patrulha e retirada de obstáculos, mas também de ocupação social. Todos acreditaram que a ação seria longa. "Quando as tropas chegaram foi um alívio porque ninguém conseguia sair de casa", contou o comerciante S., de 38 anos. 
 Nascido e criado na favela, ele pensa se mudar caso as tropas deixem o local. "Não quero que meus filhos passem pelo que estou passando. Nosso temor é que as coisas voltem ao que era antes. Quando as tropas chegaram, os bandidos sumiram e, quando apareciam, eram sem tanta força, sem armas. Estamos todos com muito medo", disse. 
Fonte:Jornal do Brasil

Maioria do STF decide que Lula não pode ser preso até julgamento de habeas corpus


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira, 22, por 6 votos a 5, impedir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receba uma ordem de prisão até que a Suprema Corte conclua o julgamento iniciado hoje sobre o habeas corpus do líder petista. Na próxima sessão, em 4 abril, o Supremo votará o pedido do líder petista de permanecer em liberdade até que se esgotem todos os recursos contra a condenação que sofreu na Lava Jato. A decisão o blinda da prisão, que a própria defesa apontou como iminente, no caso do triplex.
Tomada diante de um pedido feito da tribuna em que a defesa alegou iminência de prisão, a decisão evita que, após julgamento dos embargos de declaração no Tribunal Regional Federal da Quarta Região, na próxima segunda-feira, 26, a Justiça determine o cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP).
Considerada incógnita no julgamento, a ministra Rosa Weber foi justamente quem abriu a votação a favor de suspender eventual ordem de prisão até que o Supremo julgue o mérito do habeas corpus. Marco Aurélio, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello também votaram a favor. Negaram Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Antes dessa decisão, o Supremo havia, por 7 votos a 4, admitido para julgamento o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, superando questão preliminar apresentada pelo relator Edson Fachin, que considerava incabível o pedido. A maioria nessa votação foi formada por Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello. Vencidos Fux, Barroso e Cármen, além de Fachin.
Uma terceira votação foi aquela em que os ministros, já estourado o horário regimental (18h), decidiram suspender o julgamento para retomar na próxima sessão, em 4 de abril. Ficaram vencidos Fachin, Moraes, Barroso e Cármen queriam seguir a votação.
Foi diante da suspensão do julgamento, que a defesa de Lula pediu que o Supremo concedesse a liminar, acatada, para temporariamente impedir que Lula recebesse a ordem de prisão depois do julgamento na próxima segunda-feira no TRF-4.
Preliminar rejeitada
Na votação da preliminar proposta pelo relator Fachin sobre se o Supremo deveria considerar cabível ou não o habeas corpus, houve um amplo debate entre os ministros sobre o dever do Supremo diante das milhares de apresentações de habeas corpus.
A corrente derrotada, de Fachin, é favorável a uma visão mais restritiva, que rejeita analisar alguns habeas corpus por questões processuais, sob o entendimento de que o STF só deve julgar o pedido depois de todas as instâncias anteriores. A corrente vencedora mostrou-se a favor da apreciação de pedidos de liberdade de uma maneira mais ampla, mesmo que algum detalhe técnico pudesse apontar para uma possível não admissão do pedido.
O relator Edson Fachin abriu a votação considerando inadmissível o Supremo julgar o pedido Luiz Inácio Lula da Silva de não ser preso até que se esgotem todos os recursos contra condenação, alegando que o pedido só poderia ser analisado se apresentado em um recurso contra decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e não na forma como foi apresentado, diretamente ao Supremo. Fux acrescentou um dado estatístico de que, com mais de 150 mil habeas corpus registrados no Supremo, não deve haver corte alguma no mundo com tamanha quantidade de pedidos de liberdade.
O ministro Alexandre de Moraes fez o primeiro voto pela superação da questão preliminar, para que seja julgado o mérito do pedido da defesa de Lula. Rosa Weber - que é tida como uma espécie de fiel da balança no julgamento do STF - acompanhou a divergência aberta por Moraes. "Na jurisprudência do plenário, eu, que privilegio o princípio da colegialidade, conheço este habeas corpus consubstanciado no aditamento que se ofertou, ressalvando a minha posição pessoal a respeito do tema", disse a ministra.
O ministro Gilmar Mendes, em seu voto, celebrou o fato de que o plenário do Supremo estava discutindo o tema. "Pensar em um modelo para encapsular a instituição do HC é extremamente grave, sobretudo no contexto daquilo que se chama uma Constituição Cidadã. Não vejo portanto como não conhecer do habeas corpus", disse Gilmar Mendes.
Em sua fala, o ministro Dias Toffoli afirmou que a Corte vem recebendo uma quantidade de habeas corpus "como nunca antes". De acordo com o ministro, em aproximadamente nove anos, o número de habeas corpus passou de 99 mil para 154,5 mil. "Tivemos alta de 50% daquilo que houve em mais de 100 anos. E estamos dando conta, porque é nossa obrigação, é o nosso dever."

Fonte: jb.com.br

quarta-feira, 21 de março de 2018

PF abre Operação Código Reverso contra fraudes bancárias pela internet



A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (21) a Operação Código Reverso, investigação que mira em um esquema especializado em fraudes bancárias pela internet, nos Estados de Tocantins, São Paulo, Goiás e Pernambuco.
Em nota, a PF informou que mais de 100 policiais federais cumprem 43 mandados judiciais expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal em Palmas, sendo sete de prisão preventiva, um de prisão temporária, 11 de intimação e 24 de busca e apreensão.
"O grupo utilizava programas maliciosos para acessar remotamente os computadores das vítimas para realizar diversas transações bancárias eletrônicas fraudulentas como pagamentos, transferências e compras pela internet, burlando os mecanismos de segurança dos bancos, e gerando prejuízos da ordem de R$ 10 milhões só nos últimos 9 meses", afirma a PF.
A investigação, realizada pelo Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos, chegou a um grupo de hackers com conexões internacionais, inclusive criminosos cibernéticos do leste europeu.
"Os membros dessa organização apresentam alto padrão de vida e se utilizam, inclusive, de diversas empresas de fachada para movimentar e ocultar os valores obtidos por meio das atividades criminosas, investindo grande parte das vantagens ilícitas em moedas virtuais como a bitcoin, realizando lavagem de dinheiro", informa a Federal.
Foi determinado ainda a indisponibilidade de bens móveis e imóveis e o bloqueio das contas bancárias dos investigados, inclusive de moedas virtuais (bitcoin).
Além dos presos, também estão sendo intimadas a prestar esclarecimentos diversas pessoas com participação nas fraudes, inclusive empresários que procuravam os criminosos com a finalidade de obter vantagem competitiva no mercado e prejudicar a livre concorrência, e receber descontos de cerca de 50 % para quitar os seus impostos, pagar contas e realizar compras, através de pagamentos feitos pelos criminosos em prejuízo à milhares de contas de diversas instituições bancárias.
A operação, que representa o primeiro passo da operacionalização da renovação do Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e Febraban na repressão das fraudes bancárias eletrônicas, é também resultado do trabalho em conjunto com as equipes de prevenção às fraudes dos bancos Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander.
Os criminosos devem responder pelos crimes de associação criminosa, falsificação de documento público e de uso de documento falso; furto qualificado, além do crime de lavagem de capitais. Somadas as penas podem chegar a mais de 30 anos de prisão.
O nome da operação faz referência ao caminho inverso utilizado pela investigação para realizar o mapeamento da fraude.

Fonte: jb.com.br

terça-feira, 20 de março de 2018

Fundação Instituto de Pesca de Arraial do Cabo apresenta prestação de contas do ano de 2017 e verão 2018



FIPAC apresenta prestação de contas do ano 2017 e do verão 2018 = A Fundação Instituto de Pesca de Arraial do Cabo divulgou no último dia 12 de março de 2018 , o balanço financeiro de 2017 e relatório de entradas do verão 2018 e repasse para Aremac e Colõnia de Pescadores , os relatórios foram enviados aos Orgãos de fiscalização como Prefeitura , Câmara de Vereadores , Ministério Publico Federal e etc., o objetivo é oferecer a população a maior transparência possível.


Os valores arrecadados são divididos por 03 instituições FIPAC , AREMAC E COLÕNIA DE PESCADORES, seguindo a determinação do TAC firmado com o Ministério Público e as instituições acima citadas , sendo 10% para a AREMAC (Associação de Pescadores da Reserva Extrativista de Arraial do Cabo), 30% para a COLÕNIA DE PESCADORES Z5 e 60% para FIPAC , que assume também todas as despesas operacionais e manutenção da Marina dos Pescadores , de onde sai os passeios de barco e mergulho da cidade , fonte geradora dos recursos que são cobrados dos visitantes referente a taxa de embarque.

A Arrecadação do de Janeiro e Fevereiro de 2018 = 
TOTAL GERAL = R$ 1.209.543,00 


AREMAC 10% = R$ 120.954,30
COLÕNIA 30% = R$ 362.862,90
TOTAL DE REPASSE AOS PESCADORES 40% = R$ 483.817,,20
FIPAC 60% = R$ 725.725,80

segunda-feira, 19 de março de 2018

Suspeito diz à polícia que matou jovem em Cabo Frio, RJ, após vítima negar sexo

Mochila de jovem foi encontrado no Dormitório das Garças, em Cabo Frio, no RJ (Foto: Divulgação Polícia Civil )



O suspeito de matar Ingrid Veridiane Ferreira, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, disse em depoimento à polícia que conheceu a jovem no dia do crime e a matou depois que ela negou fazer sexo.

A vítima foi estuprada, agredida e encontrada morta nesta quinta-feira (15) no Dormitório das Garças, na Avenida Wilson Mendes.

Segundo a Polícia Civil, o homem revelou que conheceu a mulher em um bar no Boulevard Canal e saiu com ela de bicicleta horas depois, por volta das 2h.

"Eles se conheceram no canal e estavam próximos. Estavam em um bar, uma pizzaria. Ela estava com um pessoal e ele também estava com amigos. Depois, eles juntaram as mesas e ficaram conversando. Na madrugada, saíram juntos e foram andando. Eles ficaram (se beijaram) e foram para o local próximo onde ela foi encontrada. Eles foram de bicicleta, com ela na garupa, e ficaram namorando. Mas ele quis fazer sexo e ela se negou, porque tinha acabado de conhecê-lo", disse o delegado Marcelo Braga, que investiga o crime.

Segundo o delegado, o suspeito informou que a jovem foi agredida com aproximadamente 10 socos no rosto e acabou sendo levada para dentro do mangue no Dormitório das Garças, onde acabou morrendo.

"Ela já estava desfalecida com os socos e ele percebeu em um momento que o corpo dela estava virado. Se ela já não estava morta, morreu afogada naquele momento", conta o delegado.

O crime

Ingrid era procurada desde o dia 8 de março. O corpo dela foi achado após o homem confessar o crime ao ser interrogado. Apesar do corpo já estar em decomposição, a família o reconheceu a vítima pelas tatuagens. A mulher era de Minas Gerais.

O homem já havia prestado depoimento anteriormente, mas a polícia foi ao local de trabalho dele para uma nova abordagem. De acordo com o delegado Marcelo Braga, o suspeito mantinha a versão de que estava com a moça no Boulevard Canal, quando ela entrou em um carro preto. Ainda segundo o delegado, ele ficou bastante nervoso ao ser questionado.

Após a conversa, a policia fez o levantamento da ficha criminal e verificou que o rapaz tinha passagens por estupros, registrados em Duque de Caxias e na Baixada Fluminense, sendo preso em 2016 e solto no fim do ano.

Na manhã desta quinta, a Polícia Civil decidiu ir à casa do suspeito, e o encontrou com a sua companheira, na cidade vizinha de São Pedro da Aldeia. Ele foi levado à 126ª Delegacia de Polícia.

A polícia mostrou as provas e disse que não achou imagens de carro preto no circuito de segurança, conforme o suspeito havia dito. Ao mostrar fotos da vítima, o delegado disse que o homem começou a chorar. Foi então que ele confessou o crime e indicou o local onde o corpo foi encontrado.

Fonte: g1.com

sexta-feira, 16 de março de 2018

Direção dos tiros contra Marielle reforça hipótese de ataque premeditado.





 Uma execução premeditada, ligada à atividade política da vereadora carioca Marielle Franco (Psol), é investigada pela Polícia Civil do Rio como hipótese para explicar o assassinato da parlamentar quarta-feira (14). Ela foi morta com três tiros na cabeça e um no pescoço quando ia para casa, de carro, com o motorista Anderson Gomes, de 39 anos, assassinado com três tiros pelas costas. Uma assessora, que estava ao lado de Marielle, sobreviveu e prestou depoimento à polícia. 
"Uma das possibilidades, sim, é essa da execução. Mas não descartamos ainda outras (possibilidades) até porque o crime aconteceu há 10, 12 horas", disse o chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, na manhã de quinta-feira (15). Ele se reuniu com o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), o delegado Fábio Cardoso, que está assumindo a Divisão de Homicídios, e Gineton Lages, titular da Delegacia de Homicídios
 Antes de ser morta, Marielle foi a uma reunião de mulheres negras na Lapa, no Centro. Saiu por volta das 21h30, acompanhada de Gomes e da assessora. Elas se sentaram no banco de trás e Gomes ficou no volante. O veículo seguia para a casa de Marielle, na Tijuca, Zona Norte.
 Na altura da Praça da Bandeira, na Rua Joaquim Palhares, um Chevrolet Cobalt prata emparelhou à direita do veículo em que Marielle seguia. Um dos ocupantes disparou nove vezes contra a parlamentar, atingindo o vidro e parte da porta traseira direita do automóvel.
 O carro onde estava a vereadora andou mais alguns metros, e os assassinos fugiram. Marielle e Gomes morreram imediatamente. A assessora foi atingida só por estilhaços e prestou depoimento ainda de madrugada, por cinco horas. 
 Outra testemunha, alguém que passava pelo local na hora do ataque, também teria prestado depoimento. A arma usada no crime foi uma pistola 9 milímetros, segundo a perícia, que recolheu cartuchos no local do crime. A polícia acredita que o carro foi seguido pelo veículo onde estava o assassino desde que ela saiu da reunião na Lapa. 
 O motivo é que, embora os vidros do automóvel de Marielle estivessem cobertos por película escura, os bandidos pareciam saber exatamente onde ela estava sentada - a vereadora não costumava ir atrás. Foi na direção daquele ponto que os disparos foram feitos. A exatidão dos tiros também chamou a atenção dos investigadores.
 Imagens de câmeras mostram que um ficou carro parado por duas horas perto de onde Marielle participava do evento. Esse automóvel teria saído quando o veículo de Marielle deixou o local. 
Fonte:Jornal do Brasil

quinta-feira, 15 de março de 2018

Crime contra Marielle tem 'características nítidas' de execução, diz Freixo


O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) disse no final da noite desta quarta-feira (14) que o crime contra a vereadora Marielle Franco, na região central do Rio, tem "características nítidas" de execução. De acordo com o deputado, porém, nem parentes nem amigos tinham informações de que Marielle estivesse sofrendo ameaças. 
"As características são muito nítidas de execução. Queremos isso apurado o mais rápido possível", disse Freixo ainda no local do crime. 
A vereadora foi morta a tiros na noite desta quarta dentro de um carro quando ia de um evento na Lapa, no centro do Rio, para sua casa, na Tijuca (zona norte). O motorista do veículo também foi assassinado.
"É completamente inadmissível. Uma pessoa cheia de vida, cheia de gás, uma pessoal fundamental para o Rio de Janeiro, brutalmente assassinada. É um crime contra a democracia, contra todos nós, não podemos deixar que isso se naturalize", afirmou Freixo.
Outros correligionários se manifestaram sobre o crime. O deputado federal Chico Alencar (RJ) lamentou a tragédia. "Tem de apurar séria e rapidamente porque isso pode ser o início de uma escalada sem tamanho, de um caos", afirmou.
Chico Alencar pretende viajar nesta quinta-feira (15) de Brasília até o Rio para acompanhar os desdobramentos do assassinato. Para ele, uma das linhas de investigação deve ser a de execução, principalmente por causa das denúncias feitas pela colega. Em nota, o Psol disse ter sido um "crime hediondo". 
Luto
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), decretou luto oficial de três dias. "Não vamos deixar que sua trajetória seja esquecida, não permitiremos que esse crime fique impune", disse. Já o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) disse que o crime foi um ato de "extrema covardia".
Em nota, o Palácio do Planalto informou que vai acompanhar toda a apuração. Segundo o texto, o ministro da Segurança, Raul Jungmann, falou com o interventor, general Braga Netto, e "colocou a Polícia Federal para auxiliar em toda a investigação"
Indignação
O sociólogo Renato Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileira de Segurança Pública, defendeu que a Polícia Federal entre imediatamente na apuração do crime. "Estou absolutamente chocado, a morte de Marielle Franco é mais um sinal da banalização da violência que toma conta do País e que nos faz reféns do medo. O mínimo que se espera do interventor é uma apuração rigorosa e transparente do episódio. Não podemos aceitar que o caso não seja rapidamente esclarecido. O interventor tem diante de si um dos seus maiores desafios desde que a medida foi adotada, não deixar esta morte impune. Tudo indica que foi uma execução."
A advogada criminalista Maíra Fernandes, membro do Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher, acredita na hipótese de execução. "Marielle era a nossa esperança na política", lamentou. "Eu a conheci há quase duas décadas: sempre nas mais importantes lutas, coerente, aguerrida, corajosa. Tínhamos muitos planos para ela. Esse seria o primeiro mandato de muitos. Tinha um caminho enorme pela frente. Não consigo acreditar", lamentou. 
"Mulher, negra, lutadora contra as desigualdades e a violência. Teve uma votação surpreendente, em 2016. Ela passou esta semana denunciando violações praticadas pela PM em Acari. Temos estado juntos na longa militância. Estive com ela dois dias antes de viajar, semana passada. Faltam palavras para expressar o horror e mal posso imaginar o que se passa na cabeça de sua filha e de sua família. E o motorista, sua família, um trabalhador inocente, honrado?", escreveu o cientista social Luiz Eduardo Soares em seu perfil no Facebook. 
OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) cobrou "imediata e rigorosa apuração do crime". "A OAB-RJ não vai descansar enquanto os culpados não forem devidamente punidos. Os tiros contra uma parlamentar eleita e em pleno cumprimento do mandato atingem o próprio Estado democrático de Direito", afirmou o presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz.
Em nota, a Anistia Internacional pediu investigação imediata e rigorosa do assassinato da vereadora. "Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco", escreveu a entidade.

Fonte: jb.com.br

terça-feira, 13 de março de 2018

Delegado da Polícia Civil chefe das especializadas do Rio é preso pela Operação Lava Jato




 
O diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada do Rio, delegado Marcelo Luiz Santos Martins, foi preso preventivamente durante operação da Lava Jato do Rio desta terça-feira (13) denominada Pão Nosso. Ele é acusado de participar de um suposto esquema de desvio de dinheiro público em contratos da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (SEAP).
 Segundo o pedido de prisão do Ministério Público Federal (MPF), Marcelo e o seu pai, Carlos Mateus Martins, que também foi alvo de prisão preventiva, atuaram no esquema por meio da empresa Finder Executive Consulting, em que são sócios. 
 A empresa teria ajudado a lavar dinheiro oriundo do esquema de fraudes em contratos de fornecimento de alimentação (quentinhas, café da manhã e lanches) para os mais de 50 mil presos do Estado.
 O MPF sustenta ainda que Marcelo "possuía estreita ligação" com Ary Ferreira da Costa Filho, um dos operadores financeiros do suposto esquema do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB). As conclusões partiram de depoimentos de outro operador de Cabral, Carlos Miranda, que fechou delação premiada. Miranda afirmou que conheceu "Marcelinho" por meio d Ary e que este lhe afirmou que fazia pagamentos mensais ao delegado no valor de R$ 5 mil.
 De acordo com o depoimento, Ary apresentou o delegado a Miranda como sendo policial e que seria uma pessoa na polícia com quem poderia contar em eventual necessidade. De acordo com o MPF, como delegado da polícia civil, Marcelo ainda auxiliava organização criminosa dando-lhe o apoio na área.
 O chefe da especializadas tem o papel de comandar a elite da Polícia Civil do Rio, como a Coordenadoria de Recursos Especial (CORE), principal força tática do órgão e outras 26 delegacias. Quando o esquema operou, Marcelo ainda não ocupava o cargo.

 Além de Marcelo e o seu pai, há outros 12 mandados de prisão, entre eles o do ex-secretário estadual de Administração Penitenciária (Seap) e coronel da Polícia Militar, Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, e o ex-secretário adjunto de tratamento penitenciário, Marcos Vinicius Lips. As ordens foram assinadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
Fonte:Jornal do Brasil

sexta-feira, 9 de março de 2018

Dinheiro recuperado pela Lava Jato no Rio vai para segurança.






 O juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, e o interventor federal na segurança do Estado, general Walter Braga Netto, acertaram nesta quinta-feira (8) que o dinheiro recuperado pela Operação Lava Jato no Rio será usado pela polícia para comprar veículos e equipamentos. Eles combinaram o novo destino do recurso, sequestrado judicialmente em investigações de esquemas de corrupção no Estado, em encontro na Justiça Federal.
 A versão local da Lava Jato já resultou em cinco condenações para o ex-governador Sérgio Cabral Filho (MDB), entre outras, e recuperou mais de R$ 450 milhões. Não foi divulgado quem foi o autor da proposta de uso do dinheiro na segurança nem qual será o valor oferecido.
 Em fevereiro, um acordo da Justiça, dos Ministérios Públicos Federal e Estadual e de autoridades de educação do Rio e do governo federal reservou R$ 15 milhões desses recursos para a reforma de escolas públicas estaduais. Em março de 2017, R$ 250 milhões recuperados pela Justiça foram usados para quitar o 13º salário de 2016 de pouco mais de 140 mil servidores aposentados.
Tiroteio
 Dois homens morreram baleados perto da Praça São Salvador, em Laranjeiras, zona sul do Rio, na noite de quarta-feira, dia 7. Identificados apenas como Leo e Piu, eles foram atingidos por pessoas que passaram, em um carro, atirando. 
 Dezenas de pessoas testemunharam o ataque. O crime causou pânico no local, reduto boêmio carioca. Um taxista foi atingido por uma bala perdida, mas sobreviveu. Os atiradores fugiram e não haviam sido identificados até a tarde de ontem.
 A polícia suspeita que o crime tenha como causa uma disputa entre criminosos que integram quadrilhas rivais e controlam a venda de drogas nas favelas Cerro Corá, no Cosme Velho, e Pereira da Silva, em Laranjeiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:Jornal do Brasil

MPRJ entra com ação contra ex-prefeito de Cabo Frio, RJ, por improbidade administrativa



O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa (PP). O processo foi distribuído para a 2ª Vara Cível de Cabo Frio na última sexta-feira (2).

Segundo a ação, nos anos de 2015 e 2016, o então prefeito deixou de aplicar recursos em ações de manutenção e desenvolvimento do ensino na cidade, não cumprindo o percentual mínimo de 25% sobre a arrecadação municipal de impostos próprios e de transferências, como previsto na Constituição.

De acordo com o Ministério Público, o órgão verificou, a partir de relatórios de execução orçamentária do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que, em 2015, o mínimo de investimento de 25% da receita de impostos em educação somente foi cumprido no último bimestre daquele ano.

Ainda segundo o MPRJ, em 2016 os repasses para a educação municipal ficaram muito aquém do valor constitucionalmente previsto. Tendo sido a arrecadação líquida de impostos de Cabo Frio da ordem de R$ 260 milhões, o repasse no percentual de 25% deveria ter sido de R$ 65 milhões. No entanto, neste exercício, só foi destinada à educação pública a quantia de R$ 31,7 milhões, o que corresponde a apenas 12,21% da receita de impostos, portanto, menos da metade do mínimo permitido.

"A não aplicação dos recursos destinados à educação é a causa determinante do sucateamento na prestação do serviço público pelo município, impactando diretamente a sua qualidade, na medida em que não há qualquer investimento no setor – em infraestrutura, transporte e alimentação escolar, chegando mesmo à falta de professores e de pagamento de profissionais, fatos que vêm sendo investigados", informou o órgão.

De acordo com o Ministério Público, o não repasse de mais de R$ 33 milhões à educação configura subfinanciamento doloso e deliberado. "A eventual alegação de crise financeira como justificativa não é aceitável, uma vez que os recursos são constitucional e legalmente assegurados, tratando-se de verba vinculada que não pode ser destinada para outras áreas", disse o MPRJ.

Fonte: g1.com

terça-feira, 6 de março de 2018

Operações contra milícias apreendem armamento pesado e material policial





Duas operações policiais realizadas em diferentes pontos do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (5) contra milícias apreenderam fuzis, pistolas e granadas, além de levar à prisão, ao todo, oito pessoas.
 Em Sepetiba, na Zona Oeste da capital, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco/IE), com apoio de agentes da Polícia Judiciária da Força Nacional de Segurança Pública, atuou contra milícia nos bairros de Santa Cruz e Paciência. Um homem foi preso, dois fuzis apreendidos e dois veículos foram recuperados.
 Além do armamento sofisticado - um fuzil G3, um fuzil FAL e uma pistola Glock calibre .40 adaptada com kit rajada -, os agentes apreenderam fardas da Polícia Militar, camisas da Polícia Civil, réplicas do fardamento camuflado utilizado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e adesivos falsos para viaturas da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core).
 Parte do material e um fuzil foram apreendidos em uma casa. Em outra residência, além do armamento e fardas falsas, os agentes prenderam Leandro de Oliveira Silva, conhecido como Teco. Ele é um dos suspeitos de matar policiais civis da Delegacia de Homicídios da capital em Santa Cruz, em novembro passado.
Segunda operação
 Agentes da Corregedoria Interna da Polícia Militar prenderam sete milicianos que atuavam na Baixada Fluminense, sendo que um deles se identificou como fuzileiro.
 Eles estavam na estrada Gonçalves Dias, em Nova Iguaçu, com dois fuzis calibre 5,56 mm, sete pistolas, uma granada, além de dois carros roubados, que foram recuperados. A ocorrência foi registrada no 53° Distrito Policial.
Fonte: Jornal do Brasil

sexta-feira, 2 de março de 2018

Região dos Lagos recebe reforço orçamentário para o tratamento contra o câncer




Região dos Lagos do Rio vai receber dos governos Federal e Estadual um reforço no orçamento para o tratamento contra o câncer a partir deste mês. O Onkosol, centro de referência contra a doença, atende 1.255 pacientes de Cabo Frio e de outras sete cidades da região e contará com cerca de R$ 450 mil por mês.

Metade do valor será financiada pelo Ministério da Saúde (MS) e a outra parte pela Secretaria de Estado de Saúde.

O secretário estadual de saúde, Luiz Antônio de Souza Teixeira Junior, informou os números durante uma audiência pública nesta quinta-feira (1º). Além do valor de R$ 225 mil do Governo Federal, está previsto um repasse anual de R$ 1,6 milhão que foi publicado em uma portaria do MS em dezembro de 2017.

"Essa soma de esforços é uma conquista importante para toda a Região dos Lagos. Os valores federais, mesmo com a portaria, não são suficientes. Por isso, o Governo do Estado está oferecendo recursos próprios para ofertar um tratamento digno à população da região", afirmou o secretário.

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj, deputada Enfermeira Rejane (PC do B), disse que apesar do investimento do estado, acredita que a verba é insuficiente para atender a demanda esperada.

“Essa é uma vitória parcial. A gente avança uma unha, mas precisa de um braço inteiro para consolidar o trabalho. Ainda está abaixo do valor necessário para que os pacientes sejam transferidos para Cabo Frio. Ainda precisamos de muito diálogo para minimizar o sofrimento dessas pessoas”, defendeu a parlamentar.

Já a presidente do grupo de apoio Amigos da Mama de Cabo Frio, Ângela Toledo, falou da importância de investir na unidade para que os pacientes não precisem ir até Campos ou para a capital para serem atendidos.

“Quando o paciente precisa se deslocar horas com a imunidade baixa, o tratamento é muito mais agressivo. Com o atendimento local, o processo se torna mais ameno. Não tem razão para sacrificar o paciente desse jeito”, afirmou Ângela.

Fonte: g1.com