O presidente Michel
Temer coordenou domingo (16), no Palácio da Alvorada, uma reunião com
integrantes do governo e da base aliada na Câmara dos Deputados para tratar da
tramitação da reforma da Previdência (Proposta de Emenda à Constituição – PEC
287/2016).
Participaram da reunião, que durou cerca de três horas, o
ministro da Fazenda, Henrique Meireles; o ministro da Secretaria de Governo,
Antônio Imbassahy; o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira
Franco, além do relator da reforma da Previdência, deputado Arthur de Oliveira
Maia (PPS-BA), e o presidente da comissão Carlos Marun (PMDB-MS).
Carlos Marun confirmou que Arthur Maia deve apresentar o
relatório final da reforma na próxima terça-feira (18). Segundo Marun, após a
apresentação do relatório, um pedido de vista coletivo deve ser feito e a
votação na comissão deve ficar para a próxima semana. Marun também disse que a
abertura de inquéritos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra deputados
citados nas delações da empreiteira Odebrecht não vai afetar os trabalhos. Para
o deputado, a abertura de investigação contra o relator não causa
constrangimento no colegiado.
Arthur Maia é acusado de
não ter declarado R$ 200 mil recebidos da empresa para sua campanha eleitoral.
Após a abertura da investigação, o deputado disse que as doações foram legais e
aprovadas pela Justiça Eleitoral da Bahia. "Eu não tenho a mínima
preocupação em relação a esta lista vir a interferir na votação. Não vou
minimizar a questão. Isso, até ao contrário, traz uma exigência ainda maior de
que nós cumpramos com o nosso dever, que é votar", disse Marun.
O deputado também
garantiu que a reforma deve ser aprovada no plenário por um "placar
elástico" de, pelo menos, 350 votos. A votação deve ocorrer na primeira
semana de maio.
Relatório
Entrevista
do deputado Carlos Marun, presidente da Comissão Especial da Reforma da
Previdência, após reunião com o presidente Michel Temer.
A
expectativa é que o texto final do relator modifique cinco pontos polêmicos da
reforma, conforme autorizado por Temer na última semana.
São eles:
regra de transição para quem está na ativa, aposentadoria do trabalhador rural,
aposentadoria especial para professores e policiais, pensão por morte e o
Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a deficientes físicos e idosos
sem condições de sustento. Os temas são citados recorrentemente nas 130 emendas
apresentadas por parlamentares ao texto.
Para ser
promulgada e entrar em vigor, a PEC ainda precisa ser votada no plenário da
Câmara e do Senado.
fonte Jornal do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário