O Ministério Público
(MP) abriu inquérito, nesta terça-feira (31), para investigar a instalação de
um equipamento de home theater na Cadeia Pública José Frederico Marques, em
Benfica. No local estão presos o ex-governador Sérgio Cabral e outros condenados
na Operação Lava Jato no estado. O equipamento é composto de televisão de tela
grande, caixas de som e aparelho de DVD e funciona como uma espécie de sala de
cinema.
“Diante das notícias
veiculadas sobre irregularidades na Cadeia Pública José Frederico Marques, em
Benfica, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro informa que há
procedimento em curso na 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal para
apurar possível prática de crimes contra a administração pública, falsidade
ideológica ou material”, informou em nota o MP, dizendo que também serão
investigados eventuais atos de improbidade administrativa.
O equipamento seria uma doação da Igreja Batista do Méier,
segundo Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) . No
entanto, a instituição esclareceu em nota que não autorizou doação de aparelho
eletrônico a qualquer complexo penitenciário. Disse ainda que investigará se
algum membro da congregação se envolveu no episódio. “A Igreja tem por hábito
rejeitar quaisquer ofertas, doações e legados, quando estes tenham origem,
natureza ou finalidade que colidam com os princípios éticos e cristãos exarados
na Bíblia Sagrada”, destacou a igreja em nota.
A secretaria também se manifestou por nota, esclarecendo que já
é fiscalizada pelo Ministério Público e pelo Judiciário e que recebe sempre
doações de entidades religiosas cadastradas previamente.
“Tais doações somente são recebidas mediante termo de doação
assinado pelos doadores e com as referidas notas fiscais dos produtos doados. A
Seap informa que, infelizmente, vai suspender qualquer tipo de doação feita por
entidades religiosas para unidades prisionais”, disse a secretaria.
Fonte: Jornal do Brasil
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