terça-feira, 22 de agosto de 2017

Ministro diz que conta de luz pode ficar mais barata com venda da Eletrobrás

Ministro diz que conta de luz pode ficar mais barata com venda da Eletrobrás
BRASÍLIA — Ao comentar a privatização da Eletrobras, nesta terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o processo deve ser concluído até o fim do primeiro semestre do ano que vem. Segundo o ministro, a desestatização da companhia é "muito maior" que a necessidade de arrecadação do governo federal. O ministro também afirmou que a expectativa é que a conta de luz fique mais barata com a privatização da Eletrobras, no médio prazo. Segundo o ministro, a empresa ficará mais eficiente.
LEIA MAIS: Governo espera arrecadar R$ 20 bilhões com a venda da Eletrobras — Num primeiro momento, não muda nada para o consumidor. A partir da privatização, haverá redução dos custos da empresa e ganho de eficiência para, no futuro, ter uma tarifa para o consumidor final mais barata. Vai ter um cálculo sobre o impacto ao consumidor. Nas nossas contas, com a eficiência que vai ganhar a empresa, a nossa estimativa é que será uma conta de energia mais barata no médio prazo — disse o ministro.
O Ministério de Minas e Energia anunciou oficialmente, nesta segunda-feira, a intenção de privatizar a Eletrobras. A União deixará de ter o controle da companhia. A privatização da Eletrobras deve ocorrer junto com mudanças no modelo de venda da energia elétrica produzida por usinas antigas operadas pela empresa. Essas hidrelétricas sairão do chamado regime de cotas, estabelecido pela ex-presidente Dilma Rousseff. Por esse sistema, a Eletrobras é remunerada pela energia vendida pelas usinas por preços fixos, mas não absorve os riscos da falta de chuvas, por exemplo.<br>
NFIRA as principais privatizações no Brasil desde os anos 90 — A decisão de desestatizar a Eletrobras vai permitir aos brasileiros ter uma empresa mais eficiente. Essa eficiência vai trazer mais benefícios para o consumidor. A energia cotizada tem um risco hidrológico muito alto. Na maneira que existem agentes privados com capacidade de gerenciar esses riscos, a tendência é baixar as tarifas — disse o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior. O processo de “descotização” será feito por meio de uma medida provisória, que deve ser enviada pelo governo ao Congresso em setembro. Só após essa mudança ser aprovado é que a privatização deve ser concluída. &apos;NÃO HAVERÁ PREJUÍZO&apos; PARA SERVIDORES
Wilson Ferreira afirmou ainda que os processos de reestruturação da empresa não mudarão em função da intenção do governo em privatizar a empresa. Segundo ele, todo o calendário de ajustes na empresa, que fez a estatal voltar a dar lucro, continua normalmente.
O ministro ainda que, com a privatização, “não haverá prejuízo” para os funcionários da Eletrobras. De acordo com ele, os trabalhadores passarão a ser “avaliados pela meritocracia.” A empresa já tem em andamento um programa de incentivo à aposentadoria e um de demissão voluntária. De acordo com o presidente da estatal, Wilson Ferreira, a expectativa é que o de demissão voluntária gere economia de R$ 900 milhões ao ano. O presidente da Eletrobras disse que, no momento, não se avalia nenhum tipo de oferta para os servidores, como uma proposta de estabilidade temporária após a privatização. Segundo ele, isso tem que ser negociado. INFOGRÁFICO ESPECIAL: Entenda como será a privatização da Eletrobras.
— Fizemos um programa recente de aposentadoria voluntária, que teve adesão de 2,1 mil funcionários. E vamos oferecer um novo pacote de demissão voluntária no fim do ano. Nós vamos continuar negociando com os sindicatos, como sempre fizemos — disse o presidente da companhia.

fonte:g1.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário